terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A INTOLERÂNCIA DA TOLERÂNCIA

Não sabemos se na tolerância das pontes de Junho os senhores da Troika, que cá estavam então a fazer as suas primeiras exigências, terão feito alguma observação ao governo sobre o comportamento do país  que, embora teso,  folgava enquanto eles destilavam no trabalho. O certo é que o nosso actual Primeiro decidiu suspender, por motivos que ele e sus muchachos sabem, a tolerância do Carnaval. Mas como o país se esteve nas tintas e achou que a coisa era injusta,  vamos ter um Portugal a meio ou quarto gaz enquanto os senhores da troika, novamente entre nós, não vão perceber o que se passa: escolas com professores e sem alunos (porque o calendário escolar foi feito para aqueles no princípio do ano lectivo), umas secretarias governamentais e municipais abertas e outras fechadas (porque há zonas em que o carnaval é um modo de vida  e por isso se há cidades e vilas onde se trabalha há outras onde se folga porque muito seu rendimento depende desses folguedos). E só refiro a vol d'oiseau que o pagamento dos subsídos vai encarecer mais as contas para o país porque já muita gente que sabe mais do que eu o disse. Ou seja vamos apreciar o verdadeiro exemplo do que é o"grau de exigência" que o PM nos pede a nós. A mim cheira-me que esta atitude foi uma pieguice dele perante a presença da troika, temendo qualquer chamada de atenção  ou perguntas incómodas. Em resumo, uma forma diferente da sua habitual forma de dar tiros no pé....

Como disse Fernando Pessoa

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

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