terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E DIZER NÃO, NÃO, NÃO!


Jornal Público, 11 de Dezembro de 2012

E DIZER NÃO, NÃO, NÃO!

Ana Luísa Amaral

`Não’ é a palavra mais selvagem que se pode confiar à língua.

Emily Dickinson

Tigre, tigre, ardendo aceso / Pelas florestas da noite.

William Blake

Era preciso uma nova retórica, ou repetições, só assim talvez se conseguisse apaziguar um pouco a indignação. Dizer “não!” muitas vezes, encher páginas com esta palavra que uma poetisa disse uma vez ser a mais selvagem que se pode confiar à língua, encher as páginas de tal maneira que a palavra transbordasse para o ar, se propagasse como onda de rádio, ou gritar “chega!”, ou “fora!”, ir buscar velhas palavras de ordem e fazê-las de novo, com pulmões de um bronze que retinisse muito alto, transformar as palavras em sons abertos, e com as palavras que temos na mão invadir ruas. Porque elas estão aqui, essas palavras, fazem parte do nosso dicionário e da nossa memória, do nosso dizer de todos os dias, uns aos outros, todos os dias as dizemos, só que noutros lugares de sentido. Neste sentido, o de agora, o de hoje deste ano a findar tão triste, tão cabisbaixo e sem sentido, fazer outra vez das palavras armas de arremesso que não se limitem a pairar, suaves, mas perfurem as florestas da noite, como disse um outro poeta, em furor e indignação pelas indignidades do seu tempo.

De que outra forma responder à violência de, ao abrir um jornal e, em cima de tanta injúria já consumada, ler da torpeza de negócios, como o da Tecnoforma, a que não só se liga o nome do primeiro-ministro mas que foram ainda geridos por um ministro que se serviu de redes de favores para montar para si próprio um curso e um perfil de estudos que verdadeiramente não fez (não fez!), um ministro que nem se demitiu nem foi demitido, mesmo depois de sobre ele ter pesado tanta polémica? De que outra forma responder àqueles que nem sequer consideram negociar uma dívida que não foi (não foi!) criada pelo povo que eles em teoria representam? Porque só em teoria é essa representação – já que esta gente fala como se estivesse do lado de uma margem iluminada, e tudo é dito e desdito (como a afirmação ridícula do primeiro-ministro, depois desmentida pelo ministro da Educação, sobre as propinas do ensino secundário) impunemente.

Este governo não representa o povo, só aqueles que com ele vive na margem iluminada. Por isso se arroga este governo de falar a partir dessa margem arrogantemente, distanciadamente, sem uma palavra de solidariedade, sem lamentos nem desculpas. Nós, os da margem de cá, desesperamos, assistimos a notícias que agudizam o costume da desvergonha e da impunidade, ou olhamos o especial fenómeno de banqueiros, antes confinados aos seus gabinetes e neles resguardados dos olhares públicos, virem agora a público semana sim, semana não, a dizer dos seus dotes politólogos, em clara demonstração da relação incestuosa entre interesses económicos e interesses políticos.

Entre os que vivem nesta margem, estão ainda assim os mais privilegiados, como eu, que tal me considero quando penso nos desempregados em desespero para conseguirem pagar casa e comida, antes ditas solidariamente pão e habitação, ou nos sem-abrigo a amontoarem-se pelas ruas, ou nos jovens sem emprego, ou nos reformados, ou nos idosos de pensões esqueléticas e voz ausente. Mas entre maior e menor privilégio na desgraça, todos somos chamados de alunos obedientes, criticados como piegas, e, se saímos às ruas, desvalorizados em número e em voz pelos do lado de lá, os iluminados pelas sacrossantas conveniências da banca, os que destituem o Estado das suas funções e obrigações de Estado e que, paulatinamente, nos vão destituindo a nós, cidadãos, dos nosso direitos de cidadania. Neste sistema em que apesar de tudo se pode falar e a que damos o nome de democracia, são pardos os rostos que nos destituem. Assim, tem-nos mostrado a História, se vão instalando as ditaduras.

Eram precisas uniões, ainda que estratégicas, para exigir a mudança. Dizer “não!”, repeti-lo muitas vezes, insistir a indignação, tornar o “não” em som cada vez mais aberto, alongar-lhe o sentido, denunciar estas vergonhas e estas brutalidades. E reclamar a paz. Não a paz do repouso, mas a paz da justiça social e da cessação da guerra que é a violência sobre todo um povo. Lembrar que o “não”, esta pequena palavra, usada todos os dias, pode habitar um lugar novo de sentido. E que sendo, no dizer poético e em metáfora, a mais selvagem, pode também ser, na vida, a única suficientemente poderosa para combater a selvajaria. E contra ela arder, acesa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

VER CONÍMBRIGA COM OUTROS OLHOS

Um investigador criou imagens virtuais de parte das ruínas romanas de Conímbriga, tentando traduzir o que de facto existiu. Estudou a forma como os espaços eram iluminados e conseguiu criar um modelo informático que fez a reconstituição. Muito interessante.

http://videos.sapo.pt/khzkzPyoOKoLzchivbtO

sábado, 1 de dezembro de 2012

1º DE DEZEMBRO - DIA DA RESTAURAÇÃO

1º de Dezembro de 1640


"Que logras Portugal? Um Rei perfeito.
  Quem o constituiu? Sacra piedade.
  Que alcançaste com ele? A liberdade.
  Que liberdade tens? Ser-lhe sujeito.
  Que tens na sujeição? Honra e proveito.
  Que é o novo Rei? Quase deidade.
  Que ostenta nas acções? Felicidade.
  Que tem de feliz? Ser por Deus feito.
  Que eras antes dele? Um labirinto.
  Que te julgas agora? Um firmamento.
  Temes alguém? Não temo a mesma Parca.
  Sentes alguma pena? Uma só sinto.
  Qual é? Não ser um mundo, ou não ser cento
  Para ser mais capaz de tal Monarca."


  Poema do século XVII, de Soror Violante do Céu, dedicado a El-Rei D. João IV

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

UM EXEMPLO A SEGUIR - TESSALÓNICA, A 2ª MAIOR CIDADE GREGA

 
Cidade grega mostra ao país como pôr as contas em dia
O mayor da segunda maior cidade da Grécia, Yannis Boutaris, está a aplicar uma receita que parece estar a funcionar para corrigir as contas públicas do município, e podia ser um bom exemplo para ensinar o resto do país a corrigir o buraco das contas públicas, escreve a Reuters.
                  
Cidade grega mostra ao país como pôr as contas em dia
                          
                        
Além disso, o mayor, de 70 anos, está a conseguir poupar dinheiro seleccionando as propostas mais competitivas dos fornecedores de papel, sacos de plástico e leite que contrata, o que corresponde a um corte com a tradição, que ditava a dependência em relação a alguns fornecedores previamente escolhidos, que podiam não oferecer os melhores preços.
“Havia uma inércia inaceitável, mesmo incompetência. Nem consigo acreditar”, afirmou Yannis Boutaris, em entrevista à Reuters. “Eu disse: Amigos, a partir de agora mudamos a forma como as coisas são feitas e quem não gostar pode ir-se embora”, contou o mayor.
Com a cara enrugada pela passagem dos anos, um brinco de diamante na orelha e um lagarto tatuado no punho direito, Boutaris pareceria, à primeira vista, um candidato improvável para pôr em ordem as contas da segunda maior cidade grega. Contudo, o político está a aplicar novas políticas e a conseguir mudar mentalidades, apesar de admitir que não é fácil. “Mudar mentalidades na Grécia é quase tão difícil como deixar o álcool”, afirmou Boutaris, que é um alcoólico em recuperação que já deixou de beber há 20 anos.
Agora, as autoridades da cidade pagam os lanches e os cafés que bebem e os residentes levam os seus próprios envelopes e borrachas quando apresentam pedidos e solicitações em repartições públicas. De acordo com a Reuters, a cidade de Thessaloniki vai fechar este ano com um excedente e está a incentivar novos projectos de construção.
Muitos cidadãos apreciam o estilo do actual mayor, que tomou posse há dois anos por uma vantagem de 300 votos. “A cidade funciona muito melhor, quem me dera que toda a Grécia funcionasse assim”, comentou o pensionista Zaharias Vavelidis.
 
10:25 - 14 de Novembro de 2012 | Por Eudora Ribeiro

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O RUÍDO DOS ENCAPUÇADOS

Mais uma vez estamos a ser confrontados com uma manifestação ilegal à porta da Assembleia da República. Terminada a oficial, convocada por um organismo credenciado, ficou a ralé que independentemente das razões pessoais que pode ter para se manifestar, perde a autoridade (se é que  tem alguma) ao servir-se do lançamento de pedras e garrafas contra a polícia, numa atitude baseada apenas na violência e numa tentativa de provocar os agentes da ordem. E a maioria fá-lo sem se assumir, tapando a cara com máscaras ou carapuços dos blusões. Inexplicável ainda a presença de estrangeiros que à partida nada devem ter a ver com os nossos problemas internos. Em resumo uma vergonha a que as próprias centrais sindicais se deveriam opor publicamente para não se verem misturados com os desordeiros do costume.
Assim não  vamos a lado nenhum e, pelo contrário, arriscámo-nos a ser os nossos próprios carrascos.
Revoltante a presença  em massa da comunicação social que em vez de informar está a contribuir para uma instigação a maior violência ao divulgar actos tão lamentáveis e vergonhosos. 
Mais uma vez uma palavra de admiração para as nossas forças da ordem que têm, até agora, mantido a dignidade da profissão.

Esta macacada faz-me lembrar os ratos que aparecem a comer os restos de um festim. Engrossa à custa do alheio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

DECLARAÇÃO PESSOAL DA AUTORA DESTE BLOGUE

Nascido para via de expressão dos meus sentimentos sobre o que se passa neste país e modo de lavar a alma de quem sofre e não tem voz, este blogue permanecerá silencioso até que haja um caminho político de salvação nacional estruturado, um governo capaz de deixar de olhar para o seu próprio umbigo e para o dos seus protegidos, que respeite minimamente todos os portugueses, que seja capaz de se mostrar digno, inspire confiança, que fale por uma só voz, que nos veja não como uma massa social tipo "aglomerado concreto" mas pessoas merecedoras de todo o respeito independentemente do estrato sócio-económico em que nos situaram e que vemos agora ameaçado por este e pelos  governos anteriores que, ávidos dos votos que lhes trouxeram as benesses pessoais de que os seus membros gozam, deixaram de nos gerir há anos.
Corro o risco de não voltar a escrever neste blogue, mas o meu silêncio é o único modo que encontrei de gritar bem alto: " BASTA".
 

( O último dos portugueses a sair que apague a luz - se ainda houver energia eléctrica neste país )

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ACABOU-SE A FESTA, PÁ...


Gostava que hoje fosse um dia de festa
como aqueles que nos acordam
com foguetes e fanfarras
e em que, quais crianças,

corremos para o arraial
usando roupa especial,
não a de todos os dias,
porque toda a festa como celebração
pede uma particular atenção
ao modo como nos mostramos.

Só que hoje não é dia de festa
neste país que somos.
A roupa é a normal de todos os dias

e já não temos que correr
para um arraial que não existe.
Já não se ouvem foguetes no ar
e as fanfarras tocam não para celebrar,
mas para chorar pelo país que fomos.


GM

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Falta-me o chão
Aquele espaço térreo a que cresci agarrada;
Falta-me o horizonte
Aquela extensão onde julgava ver toda a minha vida esboçada;
Falta-me a certeza
Aquele lugar de segurança em que tudo é uma verdade;
Falta-me a esperança
Aquela virtude que me fazia pensar que ser gente era uma qualidade;
Faltam-me as pequenas coisas de todos os dias
As que me mantinham estável no meu percurso para a eternidade.

Perdi-me eu de mim
Caminhante num país sem rumo nem integridade.

GM

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

NOVA MADRUGADA


Hoje desejo uma nova madrugada
que por ser nova anuncie um dia novo
e as suas cores se misturem numa mancha
em que seja impossível distingui-las
porque juntas formam um só tom.

No dia em que nascer essa madrugada
a anunciar o esperado dia novo
voltará a haver esperança
e cada um de nós
terá poder porque terá força.


E a nossa voz se ouvirá mais forte
porque separados somos apenas seres
mas juntos temos a força de um povo.


GM

domingo, 14 de outubro de 2012

UM PAÍS DE CANALHAS - PENSAR PORTUGAL


 Nós somos um país de «elites», de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. Nós somos um país de «heróis» à Carlyle, de excepções, de singularidades, que têm tomado às costas o fardo da nossa história. Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. A canalhada cobre-os de insultos e de escárnio, como é da sua condição de canalha. Mas depois de mortos, põe-os ao peito por jactância ou simplesmente ignora que tenham existido. Nós não somos um país de vocações comuns, de consciência comum. A que fomos tendo foi-nos dada por empréstimo dos grandes homens para a ocasião. Os nossos populistas é que dizem que não. Mas foi. A independência foi Afonso Henriques, mas sem patriotismo que ainda não existia. Aljubarrota foi Nuno Álvares. Os descobrimentos foi o Infante, mas porque o negócio era bom. O Iluminismo foi Verney e alguns outros, para ser deles todos só Pombal. O liberalismo foi Mouzinho e a França. A reacção foi Salazar. O comunismo é o Cunhal. Quanto à sarrabulhada é que é uma data deles. Entre os originais e a colectividade há o vazio. O segredo da nossa História está em que o povo não existe. Mas existindo os outros por ele, a História vai-se fazendo mais ou menos a horas. Mas quando ele existe pelos outros, é o caos e o sarrabulho. Não há por aí um original para servir?

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O NOSSO SOL




Há algo que Portugal tem em abundância e que é desejado por muitos, sobretudo pelos cinzentos do Norte da Europa. Refiro-me ao nosso SOL. Graças a Deus, é algo inalienável e não exportável. A não ser assim, a CORJA que nos governa já o teria roubado, feito uma PPS para partilhar com os amigos ou tê-lo-ia entregue em parcelas aos nossos credores para pagar as dívidas em que nos meteram. Mas receio que, dadas as horas que dele usufruímos e que nos ajudam a poupar alguma energia eléctrica, ainda nos ponham a pagar mais uma taxa por esta utilização considerando-a indevida e lesiva das finanças nacionais.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

0 INTELIGENTE BORGES

Artigo de Daniel de Oliveira no Expresso de 1.10

O inteligente Borges inventou um estratagema para pôr os trabalhadores, já na penúria, a financiarem as empresas através do aumento dos descontos para a segurança social e a redução da TSU. A ideia "extramente inteligente", não fosse ela do muitíssimo inteligente Borges, nunca tinha sido experimentada em lugar algum. Os empresários, como todo o resto do País, foram contra. Não por uma questão de solidariedade, mas porque acham que trabalhadores falidos são consumidores falidos. Pensam que não há exportações que nos salvem da destruição do mercado interno. Os ignorantes tiraram assim ao espantosamente inteligente Borges o Nobel que lhe estava reservado.
O tremendamente inteligente Borges é demasiado grande para este País. Tem de lidar com gente ignorante que não passaria no primeiro ano do seu curso, disse ao lado do genial ministro que fez de uma assentada um curso inteiro. Porque voltou o barbaramente inteligente Borges para a piolheira? Porque também o mundo é demasiado pequeno para ele. O FMI despediu-o por ser inteligentemente incompetente. Ninguém sabe o que fez, durante dois anos, como vice-presidente da Goldman Sachs (um entre centenas), o grupo financeiro que ajudou o governo grego a enganar a Europa e que mais responsabilidades tem na crise financeira internacional. Terão sido, com toda a certeza, coisas inteligentes.
Como Chairman da Hedge Fund Standards Board, deu uma entrevista à BBC. No Hard Talk, o estrondosamente inteligente Borgres tentou explicar a Stephen Sackur os seus inteligentes pontos de vista sobre ética e a utilidade para a economia das suas funções. Perante olhos mais ignorantes, a prestação foi desastrosa e esclarecedora. Como acontece por vezes aos intelectualmente mais dotados, dava a ideia de estarmos perante um pateta que deixava clara a obscuridade imoral do seu ofício.
Incompreendido lá fora, porque o avassaladoramente inteligente Borges vive à frente do seu tempo, regressou ao cantinho que o viu nascer. Passos Coelho contratou-o para tratar das privatizações. Que não têm, como se está a ver na TAP, corrido muito bem. É o problema de lidar com investidores externos não menos ignorantes que os empresários domésticos.
Desde que chegou, o tragicamente inteligente Borges tem dado inteligentes opiniões. Que os salários dos portugueses têm de baixar e que quem acha que os portugueses não têm de apertar o cinto está um bocadinho a dormir. Palavras do deprimentemente inteligente Borges, que saca, todos os meses, 25 mil euros aos contribuintes. Que a RTP devia ser concessionada, ficando as despesas para o Estado e o lucro para quem agarrar a mesada, propôs o pateticamente inteligente Borges. Que as despesas com os funcionários públicos correspondiam a 80% dos custos do Estado, um número assim um bocadinho para o exagerado, mas natural em alguém que, absorto no seu próprio brilho intelectual, não perde tempo com minudências. De cada vez que o incontinentemente inteligente Borges abre a boca cria um drama no governo. Diria Tchekhov: "que sorte possuir uma grande inteligência, nunca lhe faltam asneiras para dizer".
Nunca duvidei, como por estas linhas fica claro, da incomparável genialidade do inteligente Borges. O problema são os políticos, os empresários, os trabalhadores, os portugueses, o FMI, os mercados, os jornalistas, a BBC, Portugal e o Mundo. Neste País, António Borges foi, em tempos, vendido como um homem de autoridade técnica incomparável. Exposto o produto na montra pública dos media, percebe-se finalmente o seu valor. Aquilo é areia demais para a nossa camioneta. Areia que nos sai cara.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-inteligente-borges=f757043#ixzz28DlHKD6V

domingo, 16 de setembro de 2012

Porto, 15 de Setembro de 2012

 
 
SE ISTO NÃO É O POVO, ONDE É QUE ESTÁ O POVO?


( para ampliar deve clicar uma vez a meio da foto)

DESCULPEM-ME... SÓ MAIS UMA COISNHA

Voltando aos ataques processados contra a PSP, ontem à noite, frente à AR, gostava que alguns dos participantes, sobretudo os das primeiras filas e entre estes em especial as meninas e meninos que arrancaram o sinal de trânsito que estava no local para se poderem servir das pedras que o seguravam e com elas  apedrejarem os membros da PSP, nos dissessem que razões os levaram a fazê-lo com um lenço ou écharpe na cara: questões de religião íntima ou cobardia pura e dura? Tadinhos! Todo o país que assistiu à transmissão já os tinha visto,  e a polícia, que estava praticamente ombro a ombro com eles, deve tê-los fixado bem. Teve muito tempo para isso
Um conselho de quem viveu o 25 de Abril: ao menos tenham coragem. Quando se faz um acto desses  por convicção (o que não parecia ser o caso porque tudo aquilo cheirava a um "Maria vai com todos") mostra-se orgulhosamente a cara. Se foi  para permanecerem no anonimato, não valia a pena pelo que se disse atrás. E aqui nem sequer podem alegar que era por defesa porque os únicos a atacar foram eles próprios.
 
Até para ser Rasca é preciso saber...

UM LOUVOR AOS PSP QUE AGUENTARAM OS DESMANDOS NA AR

Quando ontem escrevi o post anterior estava longe de imaginar a multidão que se iria juntar em frente à AR.  Ainda presenciei parte do que aconteceu depois de fechar o computador até me ir deitar e passar a ouvir pela rádio o que ia acontecendo. Apesar dos insultos, da balística das garrafas de vidro de água e cerveja, do arrancar de sinaléctica de trânsito  para arrajarem pedras que servissem de armas de arremesso à guarda presente (que eu vi), todo este corpo se manteve coeso, aparentemente calmo, esperando a desistência da canalha que durante horas o insultou e desafiou. E a calma voltou com os últimos revoltosos a partirem. Que diferença a atitude destes energúmenos perante a união e organização da tarde! Por favor não me arranjem desculpas para aquilo tais como a crise ou a revolta interior da juventude à rasca. A maior parte dessa juventude junto da AR era mesmo pura e simplesmente rasca e o que pretendia era armar confusão. Por mais revoltados que todos estejamos, não é assim que vamos a algum lado. Deveriam ter aprendido isso com o civismo da manifestação da tarde. Lembrem- se que quem nos pôs na penúria não foram só os que ao longos dos anos nos roubaram mas também a nossa passividade e crença na política e na boa intenção dos políticos. Por isso também nós próprios somos culpados porque que nunca parámos para pensar e avaliar o que estava á nossa volta e que nos "foi vendido" com uma boa publicidade e argumentação. Agora há que mudar de caminho. Vai ser muito, mas muito difícil. Mas definitivamente não passa por ataques e insultos à PSP.

sábado, 15 de setembro de 2012

TENHAMOS BOM SENSO

Não há dúvida que as manifestações de hoje à tarde foram esclarecedoras da revolta do povo português. Mas no geral tudo correu bem. Contudo, e há sempre um contudo, um grupo que nada parece ter a ver com os manifestantes familiares da tarde, decidiram ir para a AR, convenientemente guardada. A adrenalina dos manifestantes subiu e fê-los confundir a PSP com o governo e passou-se ao atirar garrafas, objcetos e até um verylight contra a PSP. Os jornalistas  só transmitiram as palavras de ordem que se ouviam porque já então a conversa da maior parte dos manifestantes (200 pessoas +/-) usava a terminologia dos partidos de esquerda. E a sua pequenês de espírito fazia-os pedir que alguém saísse da AR para os vir receber.  No momento em que vos escrevo continuam as agressões à PSP.
Valha-nos Deus tanta pequenês de espírito! Pena que não tivesse saído lá de dentro o espírito de  Salazar. O susto pô-los-ia a correr.
Pobre da PSP e a a cabeça desse "rabo " da manifestação.

A MINHA PRESENÇA POSSÍVEL NAS MANIFESTAÇÕES DE HOJE, 15.9.2012

HOJE COMO HÁ MAIS DE 100 ANOS


Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Guerra Junqueiro, in 'Pátria' (1896)

sábado, 8 de setembro de 2012

http://pt.wikipedia.org/wiki/Equidade

Como este governo revela gostar da "equidade" aconselho a leitura deste artigo sobre o referido conceito tão propalado  e considerado FUNDAMENTAL PARA O BOM GOVERNO DO PAÍS. Como o grau de cultura académica, filosófica, financeira não parece muito profundo entre os nossos governantes nem eles dão ares de pessoas habituadas a consultar compêndios de filologia ou dicionários, que aproveitam este texto da Wikipedia, que é asssim uma espécie de cábula para copiar nos exames. Talvez desse modo percebam finalmente que o que andam a apregoar como equidade não tem nada a ver com o verdadeiro conteúdo desse conceito. Usam a palavra porque alguém lhes disse que era a forma mais "fina estampa" para nos convencerem que agiram  em função da IGUALDADE, algo que não existe no objectivo deles, como acaba de se ver pelas últimas idiotices do PPC. Isto chama-se passar-nos uma certiddão de burrice. Já Salazar dizia que não convinha ter um povo muito informado se não tornava-se incómodo. Estes governantes estão-lhe a seguir as pisadas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O GANG DO RENDIMENTO MÍNIMO

Mais de meio milhão de euros arrecadados em 54 assaltos armados, de 5 de Janeiro ao início deste mês, não eram suficientes para os oito elementos do gang - que espancava e ameaçava as vítimas de metralhadora, disparada várias vezes. O Estado também os subsidia a todos. E a alguns paga ao mês o Rendimento Social de Inserção multiplicado por quatro, cinco e seis vezes, o número de identidades falsas de que dispunham.

... onde está a fiscalização tão propalada da Segurança Social? O que me custa é que o dinheiro que me tem vindo a ser roubado nos impostos esteja a ser distribuído de forma tão pouco atenta por quem se diz de direito para o fazer. Mas como o povo diz
Ladrão que rouba a ladrão...




PINGO DOCE ADMITE VIRAGEM DE ATITUDE

A fazer fé nos "mentideros" das notícias, se houver alteração da situação (não dizem qual mas a gente deduz) o Pingo Doce admite pensar em mudar a sua posição. Entraram de leão. Vamos ver como saiem...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

UMA SUGESTÃO PARA A GUERRA CONTRA O PAGAMENTO A DINHEIRO ATÉ 20€

No seguimento dos textos anteriores aqui vos deixo uma sugestão que não deve ser muito agradável
para os funcionários das caixas dos super que aderirem à posição do Jerónimo Martins:
levarmos moedas de  1,2  e 5 cêntimos e entregá-las nacaixa para pagarmos o que cormprarmos. Juro-vos que eu vou fazer isso. E vai dar-me um gozo danado. Desde já peço desculpa aos funcionários dessas caixas pois não têm culpa nenhuma. Só que quem vai à guerra dá e leva e eles são a cara da firma que representam.

AS RÉPLICAS DO TERRAMOTO PINGO DOCE

É só ler a imprensa de hoje e verificar que outras cadeias de supermercados se preparam para copiar a ideia do grupo do Jerónimo. Pelo que li está a parecer-me que há outros motivos para avançarem para a mesma actuação. A cadeia Auchan, Jumbo, já avisou a sua intenção de fazer o mesmo. Há uma queixa generalizada, que só agora começam a evocar publicamente, de que as nossas taxas da Unicre e da SIBS são o dobro das praticadas na Europa. A Jerónimo Martins saberá bem disso porque tem estabelecimentos na Polónia onde as taxas são o dobro das praticadas em toda a Europa. Contudo este grupo propaga aos 4 ventos o êxito que a sua cadeia ali tem. O que me parece, ilustre inútil e pouco informada cidadã portuguesa, é que, mais uma vez, a grande finança, se está a servir dos pequenos clientes, para uma guerra que é mesmo só dela, ou seja a das comissões. Mas quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão... neste caso ...nós

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O RETORNO - resumo de uma novela com vários capítulos



No princípio da novela, soube-se que a Jerónimo Martins tinha passado a sua sede para a Holanda (coisa legal e normal para quem não tem a certeza do destino deste país). Estava pois no seu pleno direito. Nós, tugas, não temos nada com isso e já nos vamos habituando a que as grandes fortunas tenham batido asas e voado.
Pouco depois no 1º de Maio, todo o país perdeu a cabeça com a promoção fabulosa e inesperada do Pingo Doce. O ineditismo e a esperança na poupança fizeram com que milhares de portugueses tenham trocado o seu supermercado habitual pelos da Jerónimo Martins. E ficaram à espera de novas promoções que, contudo, se foram espaçando no tempo e emagrecendo na quantidade dos produtos abrangidos. Depois soube-se que a firma tinha sido multada pela promoção de Maio, julgo que por ter vendido produtos abaixo do preço do custo.
Estava para chegar o capítulo de hoje:
O Pingo Doce vai deixar de aceitar cartões em pagamentos de compras com valores inferiores a 20 euros. A medida entra em vigor a partir do próximo dia 1 de Setembro em todas as lojas Pingo Doce do Grupo Jerónimo Martins.

Com a adopção desta nova prática, o grupo Jerónimo Martins prevê uma poupança anual de mais de cinco milhões de euros (ou seja o que iam pagar de comissões às SIIBS, a dona do Multibanco)

Esta última frase justifica o título que dei a este texto: RETORNO

Ou achavam que aquele grupo ia perder algum tostão sem saber que o ia recuperar? O que deixa de pagar nas comissões dos cartões que aceitava vai repor os gastos da multa e das promoções.

Agora… Façam a vossa escolha. A mim cheira-me que aqueles senhores vão ter uma surpresa no fim do mês de Setembro com a substancial diminuição de pequenos clientes. Esperemos para ver! É que "grão a grão enche a galinha o papo", ditado popular português certamente desconhecido na Holanda.

domingo, 19 de agosto de 2012

FUNDAMENTO MACRO-ECONÓMICO DO PENSAMENTO DE PASSOS COELHO


«O próximo ano não vai ser um ano de recessão»

Pedro Passos Coelho diz que 2013 será o ano de «inversão» da situação económica.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/politica/pontal-passos-coelho-psd-tvi24/1368099-4072.html

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

REGRAS DE EQUIVALÊNCIAS DA LUSÓFONA...

Estas ditas cujas, destinadas a contribuir para a "confirmação"de licenciaturas foram, após o escândalo Relvas, alteradas. That means: se ele as pedisse hoje teria que voltar praticamente ao antigo liceu porque eram LIXO (até pareço as agências raking). Espero que o Ministério faça uma análise aprofundada da situação para não prejudicar os alunos que estudam e pagam para isso e têm de fazer um percurso que o Relvas, aproveitando-se da interpretação que quem o avaliou deu à legislação de Bolonha, e saiu doutor, não fez.  A equivalência dele terá sido feita (por telemóvel?) enquanto o motorista lhe estacionava o carro em S. Bento.
Já que temos uma nova geração de cérebros, esperemos que eles não sejam prejudicados pelas velhas gerações  que , sem esforço, querem os mesmos direitos. AS ALTERAÇÕES QUE FORAM FINALMENTE (?) FEITAS E O QUE SE PASSOU ENVERGONHARAM MAIS UMA VEZ O PAÍS PERANTE OS ESTRANGEIROS.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

QUEREMOS O NOME DO GESTOR JÁ... TEMOS DIREITO DE SABER QUEM ANDA A RIR-SE DE NÓS, OS QUE ESTAMOS EM CRISE

Gestor ocupa cargo na administração de 73 empresas

Relatório da CMVM revela ainda que 17 administradores acumulavam lugares de administração em 30 ou mais empresas É um turbo-administrador: segundo a CMVM, no final de 2010, um só gestor pertencia ao órgão de administração de 73 empresas. O relatório Anual do Governo das Sociedades Cotadas, conhecido esta terça-feira ao final do dia, revela ainda que «17 administradores acumulavam lugares de administração em 30 ou mais empresas» e que cerca de 4% dos administradores foram responsáveis por 20% dos lugares de administração. Mas mais: os dados disponíveis de 2010 revelam que «os membros executivos dos órgãos de administração das sociedade cotadas a exercer funções a tempo inteiro acumulavam, em média, lugares de administração em 11,9 sociedades de dentro e de fora do grupo da sociedade cotada onde exerciam funções».
Ver mais em
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/gestor-administrador-cmvm-relatorio-empresas/1365223-1728.html

quinta-feira, 26 de julho de 2012

PEDIDO PÚBLICO AOS DIRIGENTES DESTA REPÚBLICA

Tirem a máscara de ministros, deputados, políticos e apaniguados e EXPLIQUEM POR UMA VEZ A ESTE PAÍS O QUE QUEREM DIZER COM A LEGALIDADE (PARA VOCÊS) MAS TREMENDA FALTA DE MORALIDADE (PARA A PLEBE DESTE PAÍS) QUE SÃO AS ISENÇÕES SOBRE OS ORDENADOS E SUBSÍDUOS ATRIBUÍDOS A ALGUNS FAVORITOS ( ex:, caso não se lembrem, de locutores e funcionários das várias secções da RTP, funcionários do banco de Portugal, da Tap, novos contratados para asssessores do governo e parlamento e outros que todos sabem e vocês calam)
POR FAVOR. PAREM! ESCUTEM! OLHEM  com os NOSSOS olhos de pagantes que somos, NÓS o resto E  maioria dos portuguesese mas que pelos vistos não É AINDA o suficiente para que a nossa dívida não seja atenuada por causa do que vocês pagam, desrespeitando toda a ideia de ética, a uma minoria sem a qual nós viveríamos muito melhor.

Quem não souber a quem me refiro é só ter paciência para ler as nomeações e isenções no DR., portarias, circulares, etc...

PACIÊNCIA DE PORTUGA É LENDÁRIA MAS TEM LIMITES...

RATO ESCONDIDO COM RABO JÁ À VISTA

A directriz da ERC que levou a que todas as empresas de fornecimento de energia obrigassem a que os pagamentos da dita fossem feitos por débito directo ( o que até agora não acontecia) sempre me palpitou como sendo uma forma de evitar a falta de pagamento dos utentes. Agora que a sua intenção final fosse estabelecer um tecto de 75€ a partir do qual os não pagantes passassem a fazer parte de uma lista negra, justificando a atitude com argumentos que não se entendem muito bem, essa nunca me teria pensado pela minha cabeça de nativa de um país em que há dívidas bancárias de alto coturno, desvio de fundos tremendos, roubos, desfalques e tramoias feitos por milhares de indivíduos altamente bem instalados na nossa praça financeira, política, industrial e futebolística,  que passam pelos furos da malha da justiça e se pavoneiam como oráculos da nossa praça, livres, alodiais ou simplemente de doméstica pulseira electrónica. Já não chegava não haver dinheiro para comida, será que agora nos vão obrigar a utilizar velas de cera (o actual preço do petróleo  não afasta a sua utilização mas só em casoss especiais)?
 Nem Salazar teria tido uma ideia tão peregrina!
E eu que sou desse tempo, aqui vos deixo umas sugestões retro e vintage para os dias que se avizinham



quarta-feira, 18 de julho de 2012

DIA DE MANDELA


"Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros."
Mandela


terça-feira, 10 de julho de 2012

QUE DEVERÁ A LUSÓFONA AO RELVAS?

Sei que a lei permite a concessão de créditos por actividades não académicas. NÃO CONCORDO mas lei é lei. Se isso se aplicasse a mim eu já iria pelos menos no segundo ou terceiro doutoramento. Agora  desconhecia que uma actividade, directiva ou não, num grupo folclórico contasse para tal fim ... É NO MÍNIMO DE ESTRANHAR E NÃO ACREDITAR. Muito deverá a Lusófona ao Relvas. O que? talvez um dia se saiba, se é que já não se suspeita...  estou cposa a dizer que "volta Sócraste! estás justificado"

quinta-feira, 28 de junho de 2012

2 FACES DA MERKEL

Merkel no princío do Alemanha- Itália



Markel no final do jogo Itália - Alemanha



Tadinha! batida por uns dos tesos da CE

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DEFINITIVAMENTE A NOSSA TROIKA NÃO É A MESMA DA GRÉCIA

QUE BEM QUE ISTO FICARIA POR CÁ!!!

Grécia vai cortar em 30% os salários dos ministros

O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, anunciou esta quinta-feira um «corte imediato» de 30 por cento nos salários de todos os ministros e disse que vai «limitar ao mínimo» a utilização dos veículos do Estado.

http://www.iol.pt/push/iol-push---internacional/liam-holden-ira-condenado-a-morte-absolvido/1356732-6184.html

Entre nós além dos ordenados do governo deveriam ser cortados os da Assembleia da República, nas pessoas da Presidente, deputados, assessores e do resto da matilha que vegeta por lá.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

É a isto que chamam um canal público?

Com tantos canais e tanto pessoal como é que isto não haveria de ser assim? Gostaria de saber o número de telespectadores que as múltiplas RTPs têm e a comparação com o número de espectadores das privadas.
http://jornaiserevistas.com/capa/jornal-de-noticias

ERC diz que PÚBLICO não foi alvo de “pressões ilícitas” de Relvas !!!

Mas desde quando um Ministro ou qualquer outro políticodeste país é considerado imputável, criminoso ou vigarista? Porque haveria de ser Relvas o primeiro?

http://www.publico.pt/Media/erc-diz-que-publico-nao-foi-alvo-de-pressoes-ilicitas-de-relvas-1551290?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29

segunda-feira, 18 de junho de 2012

É CRATO. SÓ LHE FALTA SER PRIOR, ESPEREMOS QUE CONSIGA

Regras apertadas nas provas de avaliação nacional, que têm início hoje: Quer esteja ligado ou desligado", qualquer telemóvel ou outro meio de comunicação sem fios encontrado na posse de um aluno leva à anulação da prova. Esta é uma das instruções para as provas e exames do Ensino Básico e Secundário (norma 02/JNE/2012), que começam hoje com a avaliação de Português. Os telemóveis, ou outros dispositivos, devem ser desligados e colocados dentro das mochilas, ou outros acessórios, que ficam na secretária dos professores vigilantes. O documento também estipula qual o material autorizado na realização das provas. Folhas de rascunho: só aquelas que forem fornecidas pela escola, carimbadas, datadas e rubricadas. Quanto às máquinas de calcular, nos exames nacionais de Economia A e Geografia A, os aparelhos não podem ser nem alfanuméricos nem programáveis. Nos restantes, em que a calculadora seja admitida, esta não pode efetuar cálculo simbólico. No Ensino Básico, se o aparelho não estiver conforme as regras, é retirado ao aluno; podendo a prova ser realizada sem a ferramenta. No Secundário, o exame é anulado, caso se verifique a mesma situação. Os dicionários são outros dos materiais sujeitos a regulação, bem como as esferográficas. Neste ano estão inscritos 388 243 alunos, que deverão realizar 812 532 exames. No Secundário, a primeira fase termina no dia 27 de junho. Para o Básico, a primeira chamada decorre até 21 de junho. A principal alteração desta época foi a introdução de exames no fim do 2.o ciclo (6.o ano), que substituíram as provas de aferição. Para o ano serão os que terminam o 1.o ciclo (4.o ano) a realizarem exames finais, que contam para as notas.

IN http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=2614883&page=1

sábado, 9 de junho de 2012

UMA OPORTUNIDADE PERDIDA DE MUDANÇA DE DISCURSO

Cavaco Silva apela à mobilização da diáspora para ajudar Portugal - Política - Notícias- RTP

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=561113&tm=9&layout=123&visual=61

Esta é apenas a parte inicial do discurso feito hoje na Fundação Champalimaud e dirigido aos nossos emigrantes. Tentem ouvir todo o texto. Foi transmitido no Jornal das 2h da tarde da RP1. Aconselho a que reparem atentamente nestas palavras escritas e reflictam bem no seu conjunto:
Apelo à solidariedade das comunidades para que ajudem a mostrar o país como terra de oportunidades. Onde estão elas? As oportunidades, porque as comunidades todos sabemos onde estão.
Que fez Cavaco estes anos para evitar a sangria desatada dos nossos jovens a não ser assistir ao aumento da diáspora à custa de cérebros?
Quando diz que temos condições propícias à realização de investimentos, nomeadamente políticas favoráveis à iniciativa empresarial e infra-estruturas, deve ter falado metaforicamente: os bancos não dão crédito, os empresários estão a encerrar as empresas, infra-estruturas deve querer dizer auto-estradas, onde poucos andam por causa das portagens.
E que dizer da referência aos talentos e capital humano? Qual é a taxa de desemprego? Que interessa o talento se não há onde o aplicar.
E o que mais custa é ouvir isto de quem nos governou no tempo das “vacas gordas” e foi incapaz de agir quando, como Presidente da República deixou a procissão passar. “Aprés moi le déluge”

Discursos deste tipo, nós os mais velhos, lembramo-nos deles no Estado Novo. Mas nesse tempo Angola era nossa, posição diametralmente oposta à actual.

Convenhamos, Senhor Presidente da República, que as suas palavras foram muito infelizes. NÓS SOMOS BONS PORQUE SOMOS, APESAR DE TUDO, UM POVO ESPECIAL E COESO. ATÉ AINDA NÃO NOS REVOLTAMOS.
MAS FADO, SÓ O QUE É PATRIMÓNIO MUNDIAL. POUPEM-NOS AO DO "CEGUINHO"

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ÚLTIMAS NOTÍCIAS NA MANHÃ DESTE FERIADO AMEAÇADO

Das leituras de um jornal online, aqui deixo umas pérolas:

1 - oLHA A GRANDE NOVIDADE!

 Corrupção potencia a crise na Grécia, Espanha e Portugal


2 - A TROCO DE QUÊ?



3 - BPN: processo está atrasado porque computador do juiz é velho

Afinal apareceu mais outra razão para continuar o suspense da novela ou chegarmos à prescrição do caso

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ALGUÉM QUE ME EXPLIQUE, POR FAVOR

Fátima Felgueiras foi ilibada no chamado crime do "saco azul". Até que percebi: a nossa justiça, certa como sempre, não deve ter encontrado provas de que ele (saco)  existiu. Contudo, PASME-SE, ficou para a posse do Estado o Audi de que ela se servia e que se sabe que foi comprado com o dito "saco". E esta, hem!!! Alguém que me explique, por favor.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

FINALMENTE UMA EXPLICAÇÃO QUE EU PERCEBI

http://www.youtube.com/watch?v=AyxTSI1q1XU&feature=player_embedded

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A CULPA NUNCA MORRE SOLTEIRA...

Esta semana dei aqui conta da minha estranheza sobre anunciada passagem a prisão domiciliária de Duarte Lima e da minha estranheza por esta premiar alguém com acusações tão graves. Hoje tivemos a resposta. Este prémio da lotaria judicial foi devido ao doutor Lima ter entregue de mão beijada uma rede de evasão fiscal e de lavagem de dinheiro de que ele se serviu e conhecia bem assim como muita gente dita "importante" na praça financeira e política deste país.
Aconselho a leitura do Público em  
http://www.publico.pt/Sociedade/desmantelada-rede-responsavel-por-fraude-milionaria--1546602

Agora só me resta saber quando e se a nossa justiça vai actuar e quem vai buscar o dinheiro que foi foi roubado. Se realmente foi para o BPN de Cabo Verde, onde dominava o "puro" Dias Loureiro, já lá não deve estar nem este ex-político/financeiro que nos roubou nem o dinheiro.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

SE FOSSE EU, JÁ ESTARIA EM TIRES OU SANTA CRUZ DO BISPO

Está a ser estudada a viabilidade de mandar o Duarte Lima para casa com pulseira electrónica. Acusado de uma tremenda fraude pelos portugueses e dado como possível homicida no Brasil, como se compreende esta hipótese posta pelos nossos juízes? Por muito menos há gente presa há anos. Será que o gajo come tão bem que o nosso Governo já não tem dinheiro para o manter em clasura? Que triste figura fazem os juízes deste país!

terça-feira, 15 de maio de 2012

SERÁ QUE EU SOU PORTUGUESA?

O deputado do PSD Miguel Frasquilho disse nesta segunda-feira, em Felgueiras, que “os portugueses percebem o caminho que está a ser trilhado pelo Governo e que não havia outra alternativa”. Se este senhor está falar pelos Portugueses todos, enganou-se. Por mim não fala.
 SOU PORTUGUESA MAS NÃO PERCEBO NADA DO CAMINHO QUE ESTÁ A SER TRILHADO PELO GOVERNO.
 É que sou reformada, o meu marido também, temos uma filha desempregada, outra à espera de ver o que vai acontecer com ela, uma neta recém-formada mas já na emigração e outra que acaba o curso para o ano e lhe vai seguir os passos (não os do Coelho mas os da expatriação).
Os deputados se não têm mais que dizer, deveriam era estar calados. Ou melhor, trocarem os seus ordenados e regalias com quem realmente delas precisa. Já lhes ficava bem ter alguma vergonha!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

OUÇAM-ME ISTO E PONHAM-ME ESTE HOMEM A PRIMEIRO MINISTRO!

É BEM VERDADE! SERÁ QUE O PPC NÃO COMPREENDE?


'Por qué no te callas?'

por ANDRÉ MACEDO Hoje
Em Espanha costuma dizer-se que o príncipe Felipe tem a inteligência do pai e a simpatia da mãe. Não há espanhol que não apanhe logo a ironia. Aqui ao nosso lado, há esse bom hábito de falar para os espanhóis perceberem. Talvez o facto de terem Rei e não Presidente favoreça este ambiente em que os elogios ou os ataques não precisem de legenda para serem entendidos por todos, mesmo quando embrulhados na mais fina ironia para amortecer o embate.Até um tipo como Mariano Rajoy, que em Espanha é considerado um dos políticos menos excitantes de todos os tempos, seria capaz de arrebatar corações e as mentes da nação portuguesa. Ontem, no Porto, isso ficou claro. Não falou como falam as misses universo. Não falou como falam os políticos. Logo depois de Passos Coelho resumir a cimeira ibérica com leves referências ao contexto europeu, Rajoy atirou-se à cabeça do touro. Corte na despesa pública, sim. Redução da dívida pública, pois claro. Preocupação com o crescimento? É evidente que sim, hombre, por mil demónios! A introdução de satã na exclamação é da minha lavra, mas é sabido que Merkel tem fugido como diabo da cruz dessa palavra. Daí a importância do que ontem sublinhou Rajoy.
No fundo, não há uma só cabeça lúcida que possa contestar que a montanha de dívida pública e privada tapou as artérias da economia europeia, em especial da nossa. Reduzir este problema, emagrecer o Estado, limpar os bancos, redimensionar as empresas - tudo isso é essencial para reiniciar um ciclo de prosperidade mais equilibrado. Mas embora isto seja evidente, a verdade é que demasiados governos, a convite da rigidez alemã, decidiram enfiar goela abaixo o frasco inteiro de óleo de fígado de bacalhau. Tudo de penálti.
Como antes Sócrates e Zapatero só adivinhavam virtudes na dívida e no alargamento da cintura do Estado, Merkel e os seus discípulos decidiram que só o contrário é aceitável. Não é: calibrar o martelo da austeridade para não esmagar a economia era o que se pedia. Embora convenha aos governos dizer que só há dois caminhos - despesismo ou austeridade - e apesar de se compreender que não seja fácil encontrar a medida certa, a espiral recessiva em que nos encontramos já é em parte (a mais modesta) da responsabilidade dos zelotas orçamentais.
Chegou o momento de torcer o braço à chanceler alemã. Mais tempo para reduzir o défice, mais inflação na Alemanha (salários mais altos), juros ainda mais reduzidos e, a prazo, obrigações europeias em certas condições. Sem discutir estes novos termos do contrato europeu - falar é um incentivo - , vamos ter mais grécias por aí e menos Europa por aqui. Como um dia disse Juan Carlos, num parêntesis de lucidez, por qué no te callas, Angela? Apesar da brutalidade, talvez com esse recato e um pouco de flexibilidade, os extremos - cabeludos e rapados - percam a esperança de ver a Europa a arder. Não seria nem simpático nem inteligente. Seria uma real asneira

sábado, 5 de maio de 2012

SERÁ QUE É DESTA VEZ QUE A "FESTA" VAI COMEÇAR A ACABAR?


O Automóvel Club de Portugal (ACP), liderado por Carlos Barbosa, entregou ontem uma participação criminal inédita no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa contra Mário Lino, Paulo Campos e António Mendonça, responsáveis das Obras Públicas dos dois últimos governos do PS. Com a apresentação desta queixa, preparada pela advogada Fátima de Oliveira Esteves, o DIAP de Lisboa, dirigido pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, vai abrir um inquérito para apurar as eventuais responsabilidades dos ex-governantes socialistas na prática do crime de gestão danosa. É a primeira vez que a sociedade civil tenta responsabilizar titulares de cargos políticos pelas suas decisões.(…)
in

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O PORTO DE LEIXÕES E MATOSINHOS DE LUTO

Matos Fernandes, presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões, apresentou a sua demissão em carta enviada ao ministro da Economia.

“Fecha-se um ciclo de ouro de década e meio no Porto de Leixões, e espero que se abra outro de ouro e não de ferrugem.” Foi assim que o presidente da Comunidade Portuária de Leixões reagiu, em declarações ao Negócios, à demissão de Matos Fernandes da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), numa carta enviada ao ministro da Economia, Álvaro Pereira.

Vieira dos Santos, que soube da decisão de Matos Fernandes “ontem à noite”, confirmou que o gestor portuário “tinha tomado a decisão de renunciar ao mandato”. Uma decisão “pessoal e que é de lamentar”, sublinhou.

A indefinição do Governo em torno do modelo de gestão dos portos, sabendo-se da intenção do Executivo de fundir as administrações portuárias, deverá estar na base da apresentação da demissão. O Negócios tentou, sem sucesso, falar com Matos Fernandes.


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=552287

Após décadas de prejuízo e de quase abandono pelo tráfico internacional, o porto de leixões, debaixo da exemplar Administração de Matos Fernandes tornou-se uma empresa sustentável e de orgulho para o país. Talvez por isso mesmo as administrações dos outros portos, incapazes de lhe seguirem os passos, e o Governo Central, perfeitamente ignorante do que é uma gestão portuária, tenham começado a achar que a junção de todos os portos fosse uma solução. Vivendo á custa de Leixões tememos que o que vá acontecer a este porto, sem Matos Fernandes e uma política adequada, seja cair no fosso em que estão os restantes portos.

Mais uma vez se abandonam os bons modelos que ainda existem neste país por incapacidade e facilitismo de quem nos governa. Esperemos para ver...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

UM POUCO DE HUMOR NESTA DESGRAÇA GLOBAL

Paris-Telheiras - Crónica de João Quadros no Jornal de Negócios de 2012-04-05

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti… Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano. Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras… fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar. Boa Páscoa.


Nota: O autor escreveu esta crónica segundo os princípios da Sexta-feira Santa: só peixe, sem referências a carne. E algum vinho…


Notícias de Marca Branca

1. Preço da gasolina voltou a subir para um novo máximo histórico: já saiu o livro "1001 aumentos do preço da gasolina que tem de ver antes de morrer".

2. A linha de bitola europeia para Badajoz que o Governo quer construir não tem continuidade assegurada no outro lado da fronteira. A partir de
Sines vai ser em bitola submarina. Proponho que seja tudo em bitola Flintstones .

3. Troika não descarta corte permanente de subsídios de férias e Natal em Portugal: a troika é eterna.

4. Bruxelas quer Vítor Gaspar com mais poderes: vai ser picado por uma aranha de Fukushima.

5. Marcelo Rebelo de Sousa, no comentário semanal na
TVI, acusou António José Seguro de promover uma "golpaça" com a revisão dos estatutos do PS. Marcelo está a preparar uma golpaça na Casa de Bragança.

6. Portugal atinge 35,4 % de desemprego jovem - e isto é já com o factor incluído.

7. Novo recorde no preço da gasolina: 1,764 euros /litro. A nossa gasolina deve ser o Moët dos combustíveis. Deve ser Super envelhecida em cascos de carvalho. Queremos o preço da gasolina indexado ao site do governo!

 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

E LÁ VAMOS CANTANDO E RINDO...

Acabou o processo Portucale. Adivinhem a sentença? Todos os arguidos foram absolvidos. Se eu lá estivesse seria condenada, considerando que nem sei onde ficavam os terrenos e as árvores...

sábado, 7 de abril de 2012

CAMINHADA PELO AUTISMO

Click to play this Smilebox newsletter
Create your own newsletter - Powered by Smilebox
Newsletter personalized with Smilebox

sexta-feira, 6 de abril de 2012

NÓS E OS OUTROS... PAÍSES

Exemplo de um país diferente: É bom saber que há países diferentes... para melhor!!!

A leitura do texto dispensa comentários...

Desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do regresso à escola . 
30.09.2011 Helena Rico, 42 anos, Groningen, Holanda

A propósito do desafio sobre os novos hábitos de poupança na abertura do ano lectivo, resolvi partilhar a minha experiência uma vez que vivo no norte da Holanda, onde tudo se passa de modo completamente diferente.
Em primeiro lugar, os livros são gratuitos. São entregues a cada aluno no início do ano lectivo, com um autocolante que atesta o estado do livro. Pode ser novo ou já  ter sido anteriormente usado por outros alunos. No final do ano, os livros são devolvidos à escola e de novo avaliados quanto ao seu estado. Se por qualquer razão foram entregues em bom estado e devolvidos já muito mal tratados, o aluno poderá ter de pagá-los, no todo ou em parte.
Todos os anos, os cadernos que não foram terminados voltam a ser usados até ao fim. O contrário é, inclusivamente, muito mal visto. Os alunos são estimulados a reusar os materiais. Nas disciplinas tecnológicas e de artes, são fornecidos livros para desenho, de capa dura, que deverão ser usados ao longo de todo o ciclo (cinco anos).
Obviamente que as lojas estão, a partir de Julho/Agosto, inundadas de artigos apelativos mas nas escolas a política é a de poupar e aproveitar ao máximo. Se por qualquer razão é necessário algum material mais caro (calculadora, compasso, por exemplo), há um sistema (dinamizado por pais e professores, ou alunos mais velhos) que permite o empréstimo, ou a doação, consoante a natureza do produto. Ao longo do ano, os alunos têm de ler obrigatoriamente vários livros. Nenhum é comprado porque a escola empresta, ou simplesmente são requisitados, numa das bibliotecas da cidade, todas ligadas em rede para facilitar as devoluções, por exemplo. Aliás, todas as crianças vão à biblioteca, é um hábito muito valorizado.
A minha filha mais nova começou as suas aulas de ballet. Não nos pediram nada, nenhum fato, nem sapatos especiais. Mas como é universalmente sabido, as meninas gostam do ballet porque é cor-de-rosa e porque as roupas também contam. Então, as mães vão passando os fatos e a minha filha recebeu hoje, naturalmente, o seu maillot cor-de-rosa com tutu, e uns sapatinhos, tudo já usado. Quando já não servir, é devolvido. E não estamos a falar de famílias carenciadas, pelo contrário. É assim há muito tempo.
O meu filho mais velho começará a ter, na próxima semana, aulas de guitarra. Se a coisa for levada mesmo a sério, poderemos alugar uma guitarra, ou, facilmente, comprar uma em segunda mão.
 Este sistema faz toda a diferença porque, desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do início do ano. Tudo se passa com maior tranquilidade, não há a febre do "regresso às aulas do Continente" e os miúdos e os pais são muito menos pressionados. De facto, noto que há uma grande diferença se compararmos o nosso país e a Holanda (ou com outros países do Norte da Europa, onde tudo funciona de forma idêntica). Usar, ou comprar, o que quer que seja em segunda mão é uma atitude socialmente louvável, pelo que existem mil e uma opções. Não só se aprende desde cedo a poupar e a reutilizar, como a focar as atenções, sobretudo as dos mais pequenos, nas coisas realmente importantes.
 

ps. Em Portugal também há exemplos disto. As minhas netas frequentaram o Oporto British School e o meu neto a École Françaíse de Porto. NUNCA COMPRARAM UM LIVRO. Eram cedidos pela Escola. A geração das mães e pais deles compraram livros. Só que como não havia a actual trapalhada das alterações dos currículos, os livros da mais velha passavam para a mais nova. Será a altura de batermos os pés e exigir que isso volte a acontecer. Só é mesmo preciso que não mudem os Ministros todos os anos....

sábado, 24 de março de 2012

SUBSÍDIOS VERSUS ABONOS SUPLEMENTARES

FUNÇÃO PÚBLICA: OS FILHOS E OS ENTEADOS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
Gabinetes do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Secretária de Estado da Ciência
Despacho (extrato) n.º 774/2012

Nos termos e ao abrigo do disposto nos n.os.3 e 4 do artigo 2.º e no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 262/88, de 23 de julho:
1. É nomeada Helena Isabel Roque Mendes para, no âmbito dos nossos Gabinetes, exercer funções de apoio à Rede Informática do Governo (RING) e de interface com o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER). 
2. A nomeada auferirá uma remuneração mensal de € 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco euros), atualizável na mesma percentagem do índice 100 da escala salarial das carreiras do regime geral da função pública, acrescida do subsídio de refeição que estiver em vigor.  
3. Nos meses de junho e novembro, para além da mensalidade referida no número anterior, será paga outra mensalidade de € 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco euros), a título de abono suplementar.  
...
11 de janeiro de 2012. — O Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Cortez Rodrigues Queiró. — A Secretária de Estado da Ciência, Maria Leonor de Sá Barreiros da Silva Parreira

E ASSIM SE MUDAM OS NOMES AOS BOYS...