sexta-feira, 17 de agosto de 2018

APETECIA-ME


Apetecia-me que me contasses uma história
Comigo enrolada nos teus braços
Para que o teu olhar, preso no meu,
Me fosse guiando pelos percursos
Que fiz a teu lado
No tempo que percorrermos o mundo par a par
num percurso, desenhado à distância,
forma distinta dos do resto das gentes
porque era plenamente nosso.
Por tudo isso, ele foi tão real.
Nós os dois nunca nos limitaríamos a viajar
Mesmo ao “faz de conta”
traçando apenas um esboço .

SS


quarta-feira, 1 de agosto de 2018




Mesmo quando estás longe
ouço a tua voz
num som sem palavras
que me chega envolto em saudade.
Sinto-te em cada uma delas
e adivinho-te a procurar-me,
perdido  entre o desejo e o amor.
Talvez por isso o longe nunca nos afastou
e cada encontro é como a primeira vez
naquele dia em que eu fui a seduzida e tu o sedutor.


IM

quinta-feira, 23 de julho de 2015

sábado, 5 de outubro de 2013

O 5 DE OUTUBRO DE 1910 NA IMPRENSA DA ÉPOCA

Pode ser que com a ajuda deste vídeo os actuais portugueses percebam a importância deste "acontecimento" que os actuais republicanos nos tentam fazer ignorar

domingo, 16 de junho de 2013

PERDI A ALMA

Perdi a alma
no chão do meu país.
Nas palavras que se dizem
nas que não se dizem
nas que não querem dizer nada.
No rosto dos velhos
de rugas profundas
na idade e no abandono;
no dos que não podem dar
porque não têm dono;

nos jovens que vagueiam
em busca do futuro
por um caminho estreito
vedado por um muro;
nas mães que choram
embalando os filhos
nos braços vazios de pão para dar;
nos barcos desfeitos
no fundo do mar;
nos campos vazios
em vez de criar;
no cinzento escuro
de um céu antes azul
lembrando harmonia;
num mar que foi verde
sugerindo esperança

nossa riqueza
e nossa alegria;
nos homens errados
que mandam em nós
e que nos traçam a vida 

com ardis na voz
atirando as culpas
para os usos e memórias
da nossa raiz.

Perdi a alma
no chão do meu país.

 GM

segunda-feira, 10 de junho de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

E DEPOIS NÃO HÁ DINHEIRO PARA OS PENSIONISTAS


Ex-ministro Relvas continua rodeado por batalhão de segurança

O ex-ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, mantém a segurança pessoal e polícia à porta de casa 24 horas, mesmo tendo saído há mais de um mês do Executivo de Passos Coelho. A sua protecção foi prolongada em virtude do grau de risco a que ainda está sujeito, adianta a edição desta sexta-feira do semanário Sol.

Mas que risco corre este senhor? Ninguém lhe fez nada enquanto foi ministro (saiu e morreu, á moda portuguesa). Das asneiras que fez ficou impune (á moda portuguesa)e agora está com medo? Será que receia que lhe cantem o Grândola ou que lhe interrompam a lua de mel?

O que eu acho mais interessante é depois ainda dizerem que não há dinheiro. Não haverá para os cidadãos em geral mas para casos destes pelos vistos parece que sim.

PS. Alguém deu por falta dele no governo?
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

GOSTARIA DE SABER...

...quando os nossos governantes vão perceber que somos gentes e não números par apresentar à troika. E sobretudo pedir-lhes, do coração, de parem de andar às cabeçadas e tenham um discurso único. Se o objectivo é matar os pensionistas de ataque cardícaco , não se preocupem a fazer mais contas. O nosso coração não vai aguentar. Não morreremos da doença, mas da cura de certeza.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

EU, A POLÍTICA E OS POLÍTICOS EM GERAL - DESABAFO INDEPENDENTE


Num momento tão grave de Portugal, sem dúvida o pior depois do 25.4, em que estamos ameaçados pela bancarrota e a miséria, em que todos nós vivemos temendo o dia-a-dia pelas surpresas que esse quotidiano nos possa trazer; em que se começa a viver abaixo daquilo que tanto se criticou ao denominado Estado Novo, são de espantar as atitudes dos partidos, que se assumem como nossos representantes na pluralidade das nossas opções, e que em vez de fazerem uma tentativa de acordo para porem fim a esta situação, vivem encaixados no seu modo de pensar e atuar e não se apercebem que esse corte, entre todos eles, nos está a conduzir para o abismo. Na sua maioria não lhes reconheço a capacidade de serem nossos representantes porque tudo quando defendem é em função dos seus próprios objetivos partidários e actuam apenas como funcionários do partido que representam. E se formos recordar cada uma das promessas que fizeram nas campanhas eleitorais, é fácil verificar que quando se sentam nas cadeiras da AR da República, a maior parte delas são esquecidas e tudo o que fazem e dizem não passa de uma luta de galinheiro. Daí aquele espectáculo de circo quando há votações e de peixeirada quando há discussões. Isso contraria a própria ideia original do termo Política que era o de Ciência do Governo do Estado. Refiro-me a um tempo em que havia cidadãos, homens sábios e experimentados, que punham o seu saber, experiência e exemplo ao serviço da comunidade onde estavam inseridos. O que temos hoje são, na sua maioria, homens/mulheres que encontraram no serviço aos cidadãos um emprego. Encaixaram-se como jotinhas dentro da estrutura partidária e, como tinham estômago para engolir tudo e palavra fácil e rápida para debater, foram subindo, subindo até que chegaram às cúpulas. Na sua maioria estão perfeitamente a borrifar-se para quem neles votou e para o que prometeram.

Para complicar o sistema, nos nossos dias o senhor de todos os homens é o dinheiro. Um país não é grande pela sua história ou pelos seus cidadãos. É pela quantidade de dinheiro que tem. Por isso os homens se batem por ele. E os políticos em vez de reordenarem o sistema, aderiram a ele e descobriram que a sua posição de "defensores " do povo lhes poderia encher os bolsos. E a corrupção, salvo raras, mas honrosas excepções, passou a ser uma arma dentro da política. Como diz Medina Carreira: “Eles chegam a Lisboa de mala de cartão e partem com uma Louis Vuitton".

Por tudo isto,  este momento preocupa-me muito porque quem o está a gerir não são cidadãos, mas políticos, não são homens sábios, mas oportunistas. Esquecem-se é que ao cairmos eles irão connosco, só que apenas com os bolsos mais confortavelmente recheados. Esta é a imagem que nós portugueses temos de quem nos governa e desgoverna, ou seja dos políticos em geral. É uma classe que, em vez de representar e defender os nossos interesses, se esgadanha pelo êxito dos fins partidários e pessoais o que explica o bate-boca ruidoso e polémica da AR e dos comentadores. Tudo bem espremido não corrresponde à vontade de quem neles votou.

Tudo o que acabo de referir tornou-me profundamente defensora do papel que os cidadãos independentes podem representar na área da política, ou melhor, do interesse dos cidadãos e consequentemente do Estado. Seria bom termos na AR da República um espaço para eles. Melhoraria o debate e, se não os engolissem, purificaria o ar e as ideias porque um independente vive na vida de todos os dias, no nosso meio e não no espaço fechado da sede do partido ou da AR. Sabem quanto pagam de luz e como fazer o seu orçamento familiar. Resumindo, sentem no corpo as dificuldades do quotidiano

Espero que o triste momento que vivemos seja uma boa oportunidade para repensarmos o conceito de Política e e de Governação. Mas, sobretudo, do papel que a honestidade e a formação pessoal correcta, académica ou não, podem ter para TODOS sabermos ser cidadãos de pleno direito.