quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A DESGRAÇA DA GLOBALIZAÇÃO

Passei parte de minha vida sem utilizar o termo Globalização. Para mim essa era uma palavra que só existia nos dicionários e não me perturbava. A partir de uma determinada altura eis que a dita saltou para a nossa vida quotidiana e nela deixa a sua marca 24 horas por dia. Vestimos roupa espanhola que é feita na China ou na Índia, no Cairo vende-se bijuteria local fabricada entre nós,  nas ruas de Roma, Paris, Londres, Tóquio, Nova Iorque, fazem-se compras nas mesmas boutiques que existem nos nossos Shoppings. Mas a isto até acho uma certa piada. O que não me dá vontade nenhuma de rir é ir meter gasolina e todos os dias o preço muda (normalmente para cima). E isso acontece por causas que nada têm a ver com este cantinho à beira-mar plantado. Explode uma plataforma petrolífera no Golfo do México, e lá aumentam uns cêntimos... há uma crise na Arábia... e lá vão mais outros. E quando já estava a pensar que o preço do petróleo não aumentava mais este mês... o Egipto entra em revolução, que prometia ser como a dos cravos, pá, e lá vão subir os preços de novo.
Maldita globalização... Que saudades do tempo em que os ovos vinham mesmo da nossa capoeira, o leite era trazido pela leiteira num caneco e o pão era feito da farinha dos nossos cereais... Não havia grande quantidade, é verdade, mas assim tudo era aproveitado, nada se estragava e os preços mantinham-se por períodos bem mais longos!

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