A CLIENTELA, na história romana, foi um grupo originário da plebe que, para sobreviver, se colocava ao serviço de um patrício, denominado patrono (patronus, um predecessor de padrinho, patrão). Os clientes recebiam dos patrícios assistência jurídica e terras para cultivo. Por sua vez, tornavam-se fiéis aos patrícios e votavam segundo a sua indicação. Os clientes deviam respeito a seus patronos como estes, reciprocamente, deviam-lhes protecção. (Wikipédia)
Encontrei-me com este termo pela primeira vez quando fiz o antigo 3º ano do liceu, actual 7º do Básico (o que nós tínhamos que saber, santo Deus!). A minha professora de História, que era espectacular, esforçou-se por nos informar da amplitude do conceito mas, quanto a mim pelo menos, só o comecei a captar depois da Revolução dos Cravos. E com o andar desta carruagem acabei por o compreender totalmente. Hoje tive o exemplo mais concreto da sua aplicação. Todos sabemos quem constitui a classe dos assessores, secretários, directores, etc, etc, que enchem e transbordam os gabinetes de S. Bento. São pessoas lá colocadas devido à demonstração da sua fidelidade ou amizade ao dono, digo ao patrão, mais do que pela sua capacidade profissional (devem ressalvar-se algumas excepções, espero). Estes lugares são a versão moderna das terras que os patrícios distribuíam aos seus clientes. Com eles vem também a santa protecção que, no caso actual, foi somente NÃO TEREM QUE DESCONTAR OS 5% que a lei de descontos nos ordenados determina nos cargos políticos. Visto que os seus cargos findam com o do patrono, que é um político, o que é que eles são? Políticos ou funcionários públicos? Se Políticos deveriam pagar. Se funcionários públicos deveriam ganhar como tal o que todos sabemos que não acontece.
Como dizia a minha santa mãe: A HISTÓRIA REPETE-SE... E O POVO LIXA-SE E VÊ A CARAVANA PASSAR
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