quarta-feira, 11 de maio de 2011

UM REGRESSO AO PASSADO


Hoje voltei ao tempo da minha escola primária, aquela escola que tanto atacam hoje por motivos ideológicos mas que em termo de conteúdos era riquíssima: ninguém se atrevia a dar erros, sabíamos os nomes dos reis de cor, assim como os seus cognomes, conhecíamos Portugal através dos nomes dos distritos, das linhas de caminho de ferro e da origem e percurso dos nossos rios. Entre as várias coisas que desse tempo me ficaram está o facto de então  Portugal ser o maior exportador de azeite, cortiça e sal. Este, porque os   governos dos últimos 37 anos só se lembram do mar para fins turísticos e a medicina lhe voltou as costas, foi deixado ao abandono, à excepção de algumas muito raras tentativas de exportação sobretudo no caso da flor do sal, muito apreciada nos meios gorumet. Mas o que de lá vem não dá nem para pataniscas.  O azeite e a cortiça porque estavam ligados aos grandes latifúndios (o primeiro no caso do Alentejo) foram abandonados pela  Reforma Agrária. Com grata satisfação tenho acompanhado a evolução das exportações deste dois produtos e vindo a verificar que já voltaram aos seus postos cimeiros e Portugal começa a aparecer no topo dos exportadores mundiais. Por isso voltei aos meus tempos de criança no momento em que estou no lado contrário da vida. Não são eles que vão salvar este país, mas ajudam. Assim ajudassem também os políticos dos vários partidos, que são raça que nós não conhecíamos.

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