"Este povo, que viveu 48 anos sob uma ditadura militar e fascista merecia mais do que dois milhões de portugueses a viverem em estado de pobreza", adiantou. Este número significa que "não foram alcançados os objetivos" do 25 de abril.
Estas e muitas outras razões levam Otelo Saraiva de Carvalho a garantir que se fosse hoje não teria feito a revolução, sobretudo sabendo como sabe hoje o estado em que o país se encontra.
"Pedia a demissão de oficial do exército, nunca mais punha os pés no quartel, pois não queria assumir esta responsabilidade", frisou, justificando essa afirmação dizendo que "o 25 de abril é feito em termos de pensamento político, com a vontade firme de mudar a situação e desenvolver rapidamente o nível económico, social e cultural do povo. Isso não foi feito, ou feito muito lentamente".
"Fizeram-se coisas importantes no campo da educação e da saúde” reconhece o antigo capitão de abril, chamando no entanto, a atenção para o facto de “muito delas têm vindo a ser cortadas agora outra vez".
"Não teria feito o 25 de abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos atualmente. Teria pedido a demissão de oficial do Exército e, se calhar, como muitos jovens têm feito atualmente, tinha ido para o estrangeiro", concluiu.
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