Todo o país ouviu o ataque do Alegre candidato ao seu adversário Cavaco porque este tinha revelado submeter-se ao regime da velha senhora (este termo aflige-me porque das duas uma ou o Salazar era gay- o que já se provou não ter sido-ou quem mandava nele e por consequência no país, era a D. Maria) . Isto porque Cavaco Silva tinha cometido o pecado de assinar um documento conhecido como declaração anticomunista. Para quem já não sabe eu relembro:
Antes do 25 de Abril, para se entrar no funcionalismo público para além das habilitações próprias para o cargo a que concorria, atestado de saúde, prova de que não estava tuberculoso, era ainda necessário um documento. Atenção, não se esqueçam que antes de se pensar nesse contrato se tinha de consultar a informação da polícia política para saber se a pessoa que ia ser administrativo ou professor por exemplo, tinha já sido investigado pela PIDE. Antes do mais teria de ter esse aval. Mesmo assim, mesmo que nada constasse, o candidato tinha de assinar um documento em como jurava pela sua honra que não processava nenhuma ideologia que fosse contra as normas do estado, o que em gíria se chamava a “declaração anti-comunista”.
A Alegre teria ficado bem ficar calado. Ao tomar esta posição fez uma confissão pública de desconhecimento de leis contra as quais lutou e assumiu publicamente que para lá de traidor nada mais fez por Portugal e que ao contrário dos seus compatriotas nunca teve de trabalhar.
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