No tempo da dita "ditadura" salazarista dizia-se que os portugueses estavam sujeitos ao ópio dos 3 "efes": Fátima, Fado e Futebol, que mantinham o povo narcotizado.
O dia de hoje acordou com a esperança que este povo fosse acordado e voltasse a sentir-se grande com a realização do Mundial de 2018 dentro de portas (à partilha com nuestros hermanos). Estamos a falar do mesmo povo que viveu a vergonha de organizar e não ganhar o Europeu 2004 do qual restam uns tantos estádios a ameaçar ruína. O mesmo povo que vai a todos os campeonatos com esperança, bandeiras e hinos e volta de rabo escondido, cabeça baixa e insultos aos treinadores. Portanto no que diz respeito ao futebol, só servimos para fornecer "pé de obra" para a estranja. A Rússia comeu de ginjeira os socialistas do outro lado da Europa.
Quanto ao Fado, este ano foi apresentada a sua candidatura a património Cultural da humanidade. Sentemo-nos e esperemos para ver. Sou das que acham que o fado vale a pena, quanto mais não seja para nos embalar.
Certo, certo, sobra-nos Fátima. Essa está para durar. E talvez isso aconteça porque não depende dos governos nem das determinações dos mandantes deste país. Fátima é mesmo a nossa cara: a de todos os crentes. E sobretudo não precisa dos impostos para se manter, nem de sociedades de rating ou empréstimos da estranja. Basta-se e basta-nos para termos fé em qualquer coisa, nem que essa coisa seja nós próprios.
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