No princípio da novela, soube-se que a Jerónimo Martins
tinha passado a sua sede para a Holanda (coisa legal e normal para quem não tem
a certeza do destino deste país). Estava pois no seu pleno direito. Nós, tugas,
não temos nada com isso e já nos vamos habituando a que as grandes fortunas
tenham batido asas e voado.
Pouco depois no 1º de Maio, todo o país perdeu a cabeça com a
promoção fabulosa e inesperada do Pingo Doce. O ineditismo e a esperança na
poupança fizeram com que milhares de portugueses tenham trocado o seu supermercado
habitual pelos da Jerónimo Martins. E ficaram à espera de novas promoções que,
contudo, se foram espaçando no tempo e emagrecendo na quantidade dos produtos
abrangidos. Depois soube-se que a firma tinha sido multada pela promoção de Maio,
julgo que por ter vendido produtos abaixo do preço do custo.
Estava para chegar o capítulo de hoje:
O Pingo Doce vai deixar de aceitar cartões em
pagamentos de compras com valores inferiores a 20 euros. A medida entra em
vigor a partir do próximo dia 1 de Setembro em todas as lojas Pingo Doce do
Grupo Jerónimo Martins.
Com a adopção desta nova prática, o grupo
Jerónimo Martins prevê uma poupança anual de mais de cinco milhões de euros (ou
seja o que iam pagar de comissões às SIIBS, a dona do Multibanco)
Esta última frase justifica o título que dei a este texto: RETORNO
Ou achavam que aquele grupo ia perder algum tostão
sem saber que o ia recuperar? O que deixa de pagar nas comissões dos cartões que aceitava vai repor os gastos da multa e das promoções.
Agora… Façam a vossa escolha. A mim cheira-me que
aqueles senhores vão ter uma surpresa no fim do mês de Setembro com a
substancial diminuição de pequenos clientes. Esperemos para ver! É que "grão a grão enche a galinha o papo", ditado popular português certamente desconhecido na Holanda.
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